Garantir
uma educação de qualidade para todos é torná-la universal. Universalizar o ensino é torná-lo
comum a todos, garantindo que todos tenha oportunidade de ensino, em idade
escolar ou não. A garantia ao direito á educação para
todos foi assegurada através de leis, decretos e constituições ao longo dos
anos.
Para se falar em universalização do
ensino médio é preciso ter em consideração a retenção de jovens no Ensino Fundamental, aqueles que estão cursando
outras modalidades, como a EJA, os que simplesmente evadiram e, ainda, os que
interromperam os estudos simplesmente por não terem em sua cidade escolas que
ofereçam o curso.
Assim o compromisso de
universalização e de democratização do Ensino Médio nos impõe o urgente
enfrentamento de vários desafios, tais como:
- Melhorar as condições de oferta do Ensino Médio noturno para os estudantes trabalhadores que dele precisa;
- Tentarmos entender o porquê de tanta evasão. E procurar solucionar o problema, ou parte dele.
- Garantir, por meio de política de renovação e valorização do Ensino Médio, a aquisição de equipamentos e laboratórios (informática, ciências, artes), bem como espaços adequados para a aprendizagem;
- Oferecer o atendimento às metas que, direta ou indiretamente, se relacionam à população com idade entre 15 e 17 anos;
- Investir no professor e na escola. Não basta fazer treinamento, capacitação. É preciso garantir melhores salários e melhores condições de trabalho.
- Estabelecer o quantitativo de no máximo 30 estudantes por turma de Ensino Médio.
- É preciso fazer do ensino médio algo atraente para que seja desejado por esses jovens. Do contrário, não adianta universalizar porque não haverá procura.
O debate sobre universalização,
nos termos aqui propostos é complexo, já que
envolve muitos desafios e extrema responsabilidade de todos envolvidos
no processo, é uma tarefa que precisa da
participação da família e da dedicação dos alunos.
Mary Alvarenga
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