terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Que relações existem entre o que você ensina e o mundo do trabalho da ciência, da tecnologia e cultura?

Formação de Professores  do Ensino Médio
Unidade Regional de Educação de Imperatriz
CURSISTAS: Mary Alvarenga
TUTORA:  Lucivania  Silva de Melo   Etapa: I   Turma: 2    Caderno III   
Data: 15/12/2014

1.  Que relações existem entre o que você  ensina e o mundo do trabalho  da ciência, da tecnologia  e cultura?

        Procuramos fazer essa relação quando proporcionamos aos alunos uma compreensão  e aplicação da ciência e da tecnologia, levando em conta as questões sociais,   compreendendo  que tanto a ciência, quanto a tecnologia fazem parte  do conhecimento humano.
        Quando tornamos a sala de aula um espaço de discussão e de diálogo, quando aproveitamos os conteúdos disciplinares para demonstrar  situações reais, criando novas dimensões de interação,  provocações que lhes permitam a pensar por si mesmo e buscar caminhos alternativos para direcionar seus pensamentos e elaborar suas ideias acerca do tema que está sendo discutido. 

2.    Que relações você estabelece entre as “Finalidades  da Educação Básica” Reflexão e Ação P. 34 e 35” e o que é praticado nas escolas, considerando sua experiência  como aluno e como professor?

        Percebe-se a necessidade de ressaltar as “Finalidades da Educação Básica” já que todas buscam o desenvolvimento da autonomia intelectual e moral do educando, tanto no âmbito escolar  quanto social. A relação entre elas é de suma importância, porque uma complementa a outra, na contribuição que cada disciplina, cada área, cada experiência vivida dentro e fora da escola oferece no processo formativo ao longo da vida. Portanto o papel do educador é proporcionar ao educando conhecimentos que atenda as suas necessidades,  incentivando e promovendo conhecimento da ciência, da tecnologia e da cultura. Deste modo, favorece a formação de alunos capazes de desenvolver seu próprio pensamento, formando pessoas com habilidades para enfrentar as diversas situações que poderão surgir no meio em que vive.

3.    Evidenciar as contribuições do que você ensina para o desenvolvimento da autonomia intelectual e moral de seus alunos.

         Sabe-se que a educação é um instrumento de construção do conhecimento, mas, sobretudo, é uma ferramenta que contribui para o desenvolvimento da autonomia intelectiva e moral dos indivíduos. Para isso, nós professores, temos uma importante incumbência: formar alunos independentes, com capacidade de usar seu senso crítico para contribuir de modo positivo e construtivo dentro da sociedade em que vivem.
        Enquanto disciplina, a filosofia prima pelo desenvolvimento do  senso crítico, que é  um elemento indispensável para construir a capacidade de expressão de pensamentos, sentimentos, opiniões, valores e atitudes que estimulam o educando a participar ativamente da sociedade, buscando demonstrar a importância dos mesmos para a vida. 
        Portanto o grande objetivo da filosofia é priorizar práticas que favoreça a formação de jovens com a capacidade de questionar e analisar de forma racional e inteligente.  Ou seja, o conhecimento filosófico torna o ser humano "cidadão do mundo", e nesta qualidade de cidadão do mundo consiste a verdadeira liberdade humana de pensar,  refletir e agir.



terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Reflexão e ação - caderno II – tópico 3

 Formação de Professores  do Ensino Médio
Unidade Regional de Educação de Imperatriz
CURSISTAS: Mary Alvarenga
TUTORA:  Lucivania  Silva de Melo   Etapa: I   Turma: 2  
Data: 09/12/2014
Reflexão e  ação - caderno II – tópico 3

Pesquisa  realizada no C. E. Urbano Rocha com alunos do turno matutino.


1.      Número de alunos que estudam: 217

2.      Número de alunos que trabalham: 26

3.      Trabalho que realizam no momento: pintor automotivo, eletrônico, serviços gerais, artista de rua, lavador de carro, vendedor de crepe, manicure, cyber, vendedor, empacotador, montador de toldo, farmácia, lanchonete, auxiliar administrativo, fiscal de loja , gesseiro e computação gráfico.

4.      Trabalhos que já realizaram:  operador de caixa, atendente, babá, balconista, gesseiro, professor de música, garçonete, ser vente, serigrafia, auxiliar de professor de creche, manutenção de computador, pizzaria, pintor, instrutor de informática, cabeleireiro, office-boy,  domestica, tapeçaria, carpintaria e panificação de pães.

5.      Condições de trabalho:  

§  Com segurança: 02  alunos  (Programa menor aprendiz)
§  Sem segurança trabalhista: 24 alunos, porém não se consideram explorados e sim desprotegidos.

6.      Quantos conhecem os direitos trabalhistas: 17
7.      Quantos não trabalham: 191
8.      Quantos desejam  trabalhar enquanto ainda estudam: 93

9.      Quantos querem trabalhar somente quando concluir o Ensino Médio: 49


                 Foi um trabalho  enriquecedor,  que demonstrou o  quanto nossos alunos tem vontade de trabalhar e ganhar seu próprio dinheiro, com o objetivo  de se manter, conquistar sua independência e ajudar seus pais. Deparamos também com aqueles alunos  que não pretendem trabalhar, por enquanto, pois acreditam que seus pais podem  lhes dar o que precisam. Foi aberto um espaço onde cada educando  pode falar sobre a importância do trabalho para vida pessoal e coletiva.  De acordo com alguns estudantes, o trabalho além de ser gratificante, dignifica o homem e a mulher. Por outro lado hoje eles têm quem os ajude, sendo assim preferem  aproveitar  esse tempo estudando  e se  qualificando, porque  o futuro que os esperam  a competitividade é real e só vence os mais qualificados.


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Como chegar à uma universalização do ensino médio?


         Garantir uma educação de qualidade  para todos é torná-la universal. Universalizar o ensino é torná-lo comum a todos, garantindo que todos tenha oportunidade de ensino, em idade escolar ou não. A garantia ao direito á educação para todos foi assegurada através de leis, decretos e constituições ao longo dos anos.
          Para se falar em universalização do ensino médio é preciso ter em consideração a retenção de jovens no Ensino  Fundamental, aqueles que estão cursando outras modalidades, como a EJA, os que simplesmente evadiram e, ainda, os que interromperam os estudos simplesmente por não terem em sua cidade escolas que ofereçam o curso.

         Assim o compromisso de universalização e de democratização do Ensino Médio nos impõe o urgente enfrentamento de vários desafios, tais como:
  •  Melhorar as condições de oferta do Ensino Médio noturno para os estudantes trabalhadores que dele precisa; 
  •  Tentarmos entender o porquê de tanta evasão. E procurar solucionar o problema, ou parte dele. 
  • Garantir, por meio de política de renovação e valorização do Ensino Médio, a aquisição de equipamentos e laboratórios (informática, ciências, artes), bem como espaços adequados para a aprendizagem;
  • Oferecer o atendimento às metas que, direta ou indiretamente, se relacionam à população com idade entre 15 e 17 anos;
  • Investir no professor e na escola. Não basta fazer treinamento, capacitação. É preciso garantir melhores salários e  melhores condições de  trabalho.
  •   Estabelecer o quantitativo de no máximo 30 estudantes por turma de Ensino Médio.
  • É preciso fazer do ensino médio algo atraente para que seja desejado por esses jovens. Do contrário, não adianta universalizar porque não haverá procura.
        O debate sobre universalização, nos termos aqui propostos é complexo, já que   envolve muitos desafios e extrema responsabilidade de todos envolvidos no processo, é uma tarefa  que precisa da participação da família e da dedicação dos alunos.

                        Mary Alvarenga 


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Perfil social, cultural e econômico dos sujeitos matriculados no Ensino Médio de sua escola.


         O Centro de Ensino Urbano Rocha possui alunos  de nível social médio e baixo , com idades que variam de 16 a 21 anos, no período diurno e acima de 18 anos   no noturno.  Os alunos atendidos pela escola  são procedentes da comunidade local, outros de bairros mais distantes e da zona rural,  e  geralmente  moram com os pais ou com avós.
        Percebe-se que os alunos que estudam no período  diurno, a maioria,  ainda  não trabalham,  de modo que  aproveitam seu tempo livre, simplesmente, acessando a internet, para diversão,  ouvindo música e assistindo TV. São carentes de  atividades culturais, porém  a maioria demonstram interesse  em ingressar em uma faculdade e concluir um curso superior.
         Constata-se ainda, que há grandes dificuldades de aprendizagens. Isso ocorre pela  falta de perspectiva de vida, falta de disciplina e compromisso com os estudos, falta de valorização do conhecimento como meio de evolução e acréscimo social, etc. As dificuldades de aprendizagem ocorrem também por razões cognitivas como:  pouca habilidade com a leitura e com a escrita, incapacidade de raciocínio, entre outros.
        Sabe-se que os pais ou responsáveis pela educação destes jovens tem que trabalhar, deixando inclusive de participar da vida escolar de seus filhos. Enquanto outros  muitas vezes não se interessam pelos filhos, alegando falta de tempo.
         O que podemos constatar  é que a família deixou de ser parceira da escola. Não há como negar  que a parceria escola e família é a única forma de atingir  resultados satisfatórios no processo educacional.

                      Mary Alvarenga